Os portos como produtores de energia

Poderão os portos serem produtores e fornecedores de energia, abrindo uma nova etapa de desenvolvimento da economia portuária?

Pois o processo já começou! No Porto de Long Island, o conceito de “Energy Island” está a responder com um combinado de fontes energéticas como a solar, a eólica, a geotérmica e das marés.

No artigo “Energia Positiva – A resposta dos portos aos desafios da sustentabilidade”, de Ana Cristina Ribeiro e Hugo Metelo Diogo, publicado na Cargo News, os autores garantem que a adaptação dos portos às necessidades energéticas e às mudanças climáticas pode atrair novos negócios, criar postos de trabalho, aumentar a receita, reduzir custos, melhorar a qualidade de vida das pessoas e preservar os ecossistemas.

O Porto de Gotemburgo, pioneiro no abastecimento de energia elétrica a navios, implementou iniciativas que levaram à redução da poluição atmosférica e dos odores que afetavam o bem-estar das populações vizinhas.

Os articulistas questionaram o CEO do Porto de Bremenhaven, Robert Howe relativamente às prioridades para o futuro daquele porto que lhes disse acreditar na indústria das “eólicas offshore” como resposta à redução do desemprego da região, paralelamente à redução da dependência energética da Alemanha.

 Nos EUA, os portos de Los Angeles e de Long Beach investiram dois biliões de dólares para reduzir 45% das emissões. Instalaram redes elétricas nos terminais para possibilitar que os navios desliguem os motores, enquanto estão acostados, modernizaram pórtico e gruas, permitindo o reaproveitamento da energia gasta, substituíram os tradicionais veículos de transporte de contentores por rebocadores, empilhadores, camiões híbridos ou elétricos, e outras viaturas menos poluentes.

 O Porto de Long Beach quer ser o porto mais verde do mundo e está a investir na redução contínua das emissões de carbono e paralelamente, procura dinamizar mais a atividade económica.

Os vários exemplos citados por Ana Cristina Ribeiro e Hugo Metelo Diogo comprovam que está a nascer uma nova Era de desenvolvimento da economia portuária, com o processo de gerir, consumir e fornecer energia elétrica que em última análise vai levar ao objetivo do porto enquanto produtor de energia. 

Tanto nos EUA como na Europa, o objetivo tem sido a adaptação dos portos às necessidades energéticas e às alterações climáticas, um novo paradigma que pode significar uma revolução na economia portuária. Os resultados poderão estar à vista no médio ou até no curto prazo.

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