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A APRAM promoveu mais um Fórum da Simplificação de Procedimentos nos Portos da RAM que não reunia há mais de dois anos, devido à pandemia.

Com entrada de mais portos portugueses na JUL, a Janela Única Logística, a plataforma informática que pretende harmonizar, agilizar e simplificar procedimentos em todos os portos portugueses, impunha-se um encontro entre as várias entidades ligadas a este processo na região que foi porto piloto deste projeto nacional.

A representante do Governo Regional da Madeira no grupo de trabalho nacional para a implementação da JUL, Cecília Correia considera que o projeto “está a correr bem” e que “agora, nota-se uma maior dinâmica com a entrada de mais portos em produtivo.”

Os portos dos Açores e de Viana do Castelo entraram ou estão quase a entrar em produtivo. No segundo semestre segue-se o Porto de Leixões, chegando depois à área fluvial e às marinas e turismo.

A JUL tem como grande objetivo a fluidez na cadeia de transporte, passando para suporte digital e harmonizando os procedimentos, com base na legislação existente no país e simultaneamente, desburocratizando e simplificando, num processo que beneficiará todos os intervenientes e colocará o país na linha da frente nesta matéria da digitalização portuária. 

A empreitada de substituição de três cabeços de amarração no cais acostável 1 do Porto do Funchal já concluída este ano, veio garantir a segurança e eficiência da operação portuária.

A empreitada abrangeu também a reabilitação da escada do cais, incluindo as guardas de proteção e pinturas.

Tratou-se de um investimento de quase 150 mil euros que vem beneficiar sobretudo, as operações portuárias nas ligações entre o Funchal e o Porto Santo.

O edifício à entrada do Porto do Funchal foi reabilitado, proporcionando agora melhores condições de trabalho aos funcionários da APRAM que ali trabalham e dando melhor aspeto visual à entrada do porto, por onde passam milhares de turistas anualmente.

A intervenção passou pelo reforço estrutural do edifício, a reabilitação das fachadas, a impermeabilização da cobertura, a reparação de todas as infraestruturas técnicas – redes elétrica, de águas (potável e pluviais) e telecomunicações – e a reabilitação dos pavimentos e paredes.

Tratou-se de um investimento de mais de 200 mil euros que teve como principal objetivo reabilitar este velho edifício da portaria do Porto do Funchal que apresentava graves problemas como perdas significativas de armadura e elevada corrosão, além de evidenciar sinais de infiltrações ao nível da cobertura e de toda a rede elétrica e rede água estarem degradadas.

No Cais de Recreio do Porto do Funchal está a decorrer a empreitada de tratamento superficial, pintura e reforço das ancoragens das estruturas metálicas daquele cais.

O objetivo desta intervenção de manutenção passa pela escovagem e limpeza com meios mecânicos, de modo a remover a pintura em mau estado e aplicar a proteção anticorrosiva na estrutura metálica.

Está também a ser feito um tratamento superficial de toda a estrutura dos portões e dos varandins metálicos das pontes que ligam ao passadiço para aceder às embarcações marítimo-turísticas.

Desta empreitada consta também o fabrico e montagem do passadiço que faltava no Centro Náutico de S. Lázaro.

A obra vai estar concluída no fim deste mês e representa um investimento de quase 30 mil euros.

Os Portos da Madeira (Funchal e Porto Santo) concluíram o ano de 2021, com um total de 125 escalas e um movimento de 117 289 passageiros, números conseguidos praticamente, no último trimestre, apesar do primeiro navio do ano, o “World Voyager” ter feito escala inaugural em junho.

A presidente do Conselho de Administração dos Portos, Paula Cabaço ressalva o facto, de o sector ter arrancado “com mais movimento do que o esperado, apesar de todas as limitações impostas pela pandemia. Tivemos 13 turnarounds, completos e parciais que movimentaram 3126 passageiros e 44 pernoitas de navios, um indicador que mantém a tendência de crescimento.”

“Naturalmente, foi fundamental termo-nos preparado para a retoma, mantendo o diálogo com as companhias, planificando de forma detalhada a operação, criando instrumentos de trabalho e reforçando a comunicação sobre o que estávamos a fazer ao nível da segurança sanitária, uma mensagem que se impunha perante as novas circunstâncias. Todo esse trabalho se traduziu num investimento de mais de meio milhão de euros, um trabalho elogiado pelos nossos parceiros, inclusive pela CLIA”, salienta Paula Cabaço que acrescenta: “Acima de tudo, nunca deixámos de acreditar no potencial dos portos da Madeira para a atração do turismo de cruzeiros.”

Por porto, o Porto do Funchal, o porto nacional com maior número de escalas, registou 113 escalas, 114 767 passageiros e 70815 tripulantes e o Porto do Porto Santo 12 escalas, 2522 passageiros e 2180 tripulantes.

Paula Cabaço chama a atenção para “o crescimento do Porto Santo, enquanto porto de cruzeiros. Em praticamente, apenas três meses atraiu 12 escalas, o que é inédito e muito bom para aquela ilha.”

São os números da retoma da atividade dos cruzeiros na Região Autónoma da Madeira, RAM, praticamente feita de outubro a dezembro de 2021, “ainda longe das estatísticas do mesmo período de 2019, no período prévio da pandemia. Se compararmos a média de passageiro por navio, em 2019, foi de 2177, já em 2021 ficou-se por 1013 passageiros. Mas, o saldo de 2021 é francamente positivo e dá-nos excelentes perspetivas para os próximos anos,” considera a presidente da APRAM.